20 de setembro de 2013

Momento BRASIL! - Paula Pimenta

Gente linda, hoje eu quero falar sobre uma mineirinha: a Paula Pimenta! A linda mineirinha que está fazendo sucesso por esse Brasil a fora.

Paula Pimenta nasceu em Belo Horizonte – MG. Desde criança apresentou aptidão para a escrita e por esse motivo prestou vestibular para Jornalismo, embora tenha transferido para Publicidade, curso no qual se formou na PUC Minas. Estudou também Música na UEMG, deu aulas de violão e técnica vocal por vários anos, e é compositora.
Sua carreira de escritora começou em 2001, com o lançamento do livro de poemas “Confissão”, que foi relançado em 2013. Ficou realmente conhecida do grande público em 2008, quando lançou “Fazendo meu filme 1” pela editora Gutenberg. Publicou “Fazendo meu filme 2”, em 2009, “Fazendo meu filme 3”, em 2010, e “Fazendo meu filme 4”, em 2013, que - assim como o primeiro - são grandes sucessos juvenis. Em 2011 lançou uma nova série, “Minha vida fora de série”, que já conta com dois volumes. Em 2012 publicou também o livro "Apaixonada por palavras", uma coletânea de crônicas.

Eu já comecei a ler a seus livros sobre a Fani e adorei seu modo de escrita a suas ideias no papel. Quero ler os próximos da série assim que possível, eles já estão aqui na estante.
Conheça mais sobre o seu trabalho aqui. Vocês também vão encontrar seus outros contatos ali.
E a resenha de Fazendo meu Filme 1 aqui.


5 de setembro de 2013

Agora um Poema - Desencontrários


Desencontrários

Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.
Paulo Leminski                                                                  

4 de setembro de 2013

Livro: Paperboy

Titulo original: The Paperboy
Lançamento: 2013 (1995)
Editora: Novo Conceito
Autora: Pete Dexter

Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar.
Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James.
As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico.
No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.

Paperboy é diferente de tudo que eu pensei em ler até hoje. É narrado em primeira pessoa por Jack, porém ele participa tão pouco da história, pratica tão pouca ação que ele é quase um narrador onisciente, no sentido de presenciar os fatos. O livro é dividido em tempos e não capítulos. Como é isso? A divisão da história é feita por espaços em branco entre as narrações.
Em seus méritos é um ótimo livro. Eu pelo menos gostei muito da leitura. Não é um livro muito fácil de se ler, a escrita é um pouco rebuscada e com uma dificuldade mediana.
O modo como os fatos são apresentados faz com que você só entenda e encaixe o quebra cabeça quando o Peter quer, que é quando ele te apresenta, através da narrativa de Jack, a afirmação do ocorrido, se não fica a dúvida no ar para sempre. Na página onde contem as informações de publicação tem o seguinte dizer:
"Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produto da imaginação do autos. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência."
Será mesmo? Porque eu me senti lendo um diário de confissões pessoais.
Esta obra nos mostra como é a vida de um repórter nos anos de 1969 e as peculiaridades e preconceitos das cidades pequenas. E eu me apaixonei pelo profissional Ward, seus princípios são muito valiosos. E isso parece que contagia seu irmão Jack, mudando seu futuro. O Yardley é arrogante e detestável, não consegui suportá-lo. Charlotte não fez muita diferença para mim, para a história é claro que sim, pois foi ela quem começou a coisa toda quando escreve para Ward pedindo ajuda, mas na minha humilde opinião ela teve o fim que sempre buscou, mesmo não sabendo no começo.
Enfim, eu recomendo a leitura e espero que gostem.

ANEXO!
Gente, eu vi o filme...
Dirigido por Lee Daniels e tendo como roteirista o próprio Dexter, o filme é narrado pela empregada da família: Anita Chester. Que dá uma entrevista contando o que aconteceu naquele verão.
O nome dos personagens, os fatos e os locais foram todos alterados, incluindo o fim do filme que é completamente diferente do do livro. Ainda bem, pois com esse fim odiaria o livro para sempre.
Porém, o roteirista é o Dexter, o que me faz pesar que ele preencheu as lacunas deixadas no livro.
Não é o tipo de filme que eu estou acostumada a assistir. Não tem nada a ver com os filmes holiwoodianos por aí. Nele o preconceito é bem explícito e isso me incomodou muito, no livro isto é um pouco mascarado e menos impactante porque o Jack não se incomoda com essas coisas, e não é preconceituoso, não de forma perceptiva porque eu não percebi. Pelo menos esse não era o foco, uma vez que já haviam preconceituosos demais na história.
Enfim o filme mistura o livro. E de uma forma geral eu detestei o filme e não recomendo se a sua curiosidade for abaixo da minha. Se for do mesmo nível, você não conseguirá ficar sem assistir, então bom filme. Ou o melhor que ele puder oferecer...